Eu sei que é tão duro
correr sem ter pés,
eu sei que é tão duro
as faces doloridas
sofridas
tão gastas
do tempo que foi. . .
Eu sei que é tão duro
voar asas grandes
nos sonhos roubados
da mente cansada
de tanto sofrer. . .
Eu sei que é tão duro
as esquinas sombrias
gritando medos
medonhos gritando
por sonhos desfeitos
(desespero escondido
do que não pode mais ser).
Por isto é tão duro
o céu estrelado
exibindo-se
imprescindivelmente
sobre fortes e fracos
alegres e tristes
sem se alterar. . .
Ah!, irmão,
eu sei tudo isto
e muito mais ainda
que nem é bom lembrar. . .
que se tu sofres
eu sofro contigo.
E no meu céu não há estrelas
quando apagas o teu. . .
Por isto,
vamos juntos procurar
a luz do nosso céu
do nosso eu
Daniel