“O que a memória ama fica eterno.” (Adélia Prado)
O tempo poderá ser um fardo muito pesado
ou uma dádiva que a vida lhe dá.
A escolha é sua.
Você é o senhor do seu tempo.
Se você souber aproveitá-lo, vivê-lo, saboreá-lo,
ele será uma bênção.
Se você resistir a ele, não aceitá-lo,
ficar preso em suas armadilhas,
ele atropelará você.
Vida é tempo. Tempo é vida.
Passado, presente e futuro.
Nossos relacionamentos não existem fora do tempo.
O encontro entre as pessoas realiza-se no presente,
enriquece-se do que aconteceu no passado
e alimenta-se da esperança do que virá.
“Ontem é história, amanhã é futuro, hoje é dádiva”.
Hoje, precisamos ensinar essa lição às novas gerações.
Os valores que vivenciamos no passado são perenes e sábios.
Precisamos não só recordar,
mas re-vivenciar as emoções e os sentimentos,
ensinar que o sabor e a alegria vêm do encontro no tempo,
que a elevação do espírito está na contemplação da beleza,
na delicadeza dos gestos, na importância dos afetos.
Resgatar valores que não passam, como a gentileza,
a honestidade, a solidariedade, a tolerância,
plantar a paz que conhecemos ao redor da mesa,
do fogão à lenha, nas conversas entre gerações,
em um mundo que banalizou o respeito,
a educação, o amor, a vida humana.
O passado tem lições maravilhosas que precisam
ser redescobertas, valorizadas e vivenciadas,
despidas de mágoas ou ressentimentos,
para construir o futuro que se quer.
Mas isso só se dará vivendo o tempo presente
como um dom a ser compartilhado.
Daniel Moura
(18º Encontro da Feliz Idade)