Viver é colecionar emoções,
saborear cada instante
como se cada instante fosse único,
inigualável, inimaginável,
encantado e último.
Ah, o encantamento!
Viver de maneira a se encantar com tudo,
a se entusiasmar com tudo e com todos,
deixar a emoção fluir, virar alegria,
ou tristeza, quem sabe,
mas deixar que o vento leve o coração a voar
nas asas de uma canção, um olhar,
um encontro, uma poesia,
uma saudade, um entardecer,
um renovado amanhecer.
Renascer das cinzas
no milagre da vida intensa e branda,
aconchegante e forte,
na emoção que alcança o mais íntimo,
o mais escondido, o mais reservado de nós mesmos.
Deixar que a vida pulse a Vida
e seja encantado o dia,
e seja ensolarada a noite
com o sol que arde, queima, brilha,
arrebata e salta aos olhos,
e ilumina a sala, o outro,
o quarto, a rua, os outros,
e aquece o coração com a esperança de viver o dom,
a magia, a alegria de estar vivo
e poder celebrar a emoção de mais um Encontro.
Daniel Moura
(15º Encontro da Feliz Idade)