“Onde houver sol, é prá lá que eu vou.” (Jota Quest)
Há um caminho ensolarado de graça,
de profunda alegria e paz,
que devemos trilhar sempre
sob a luz irradiante do perdão.
Aquele que perdoa é o primeiro a se beneficiar,
porque o perdão liberta quem perdoou.
Muitas vezes não percebemos que a falta de alegria
em nossa vida é falta de perdão.
Precisamos perdoar a nós mesmos, aos outros e à vida.
Quantas vezes não nos perdoamos por não sermos´
tão perfeitos quanto gostaríamos,
por termos falhas e defeitos?
Quantas vezes não perdoamos aos outros
por não atenderem às nossas expectativas,
por não serem tão bons, bonitos, inteligentes
e perfeitos como esperávamos?
Quantas vezes não perdoamos a vida por ela ser tão “injusta”
para conosco, dando-nos sempre menos do que merecemos?
E assim, vamos criando dentro de nós um sentimento de
insatisfação e revolta que nos tira o brilho
e a alegria de viver.
Caminhamos em uma estrada sombria,
cheia de pedras raivosas e ressentidas,
lamas escorregadias da ingratidão,
assaltantes sorrateiros de nossa felicidade.
Perdoar é ensolarar a vida novamente.
O perdão faz o milagre da regeneração,
da redenção, da ressurreição.
Faz ressuscitar em nós tudo aquilo
que foi morrendo aos poucos,
por inanição, por falta da luz que alimenta e dá a vida.
Perdoar é poder enxergar a graça, o dom, o belo.
Perdoar é seguir em direção ao sol da gratidão.
Neusa Massote
(26º Encontro da Feliz Idade)