“...pois é dando que se recebe.” (São Francisco de Assis)
A verdadeira liberdade não está no alcance de todos os
objetivos, na posse de todas as coisas, no desfrute de
todas as emoções, no assédio de muitas pessoas.
A verdadeira liberdade está no desapego de tudo isto.
É o apego que nos faz sofrer – causa de nossos medos e
inseguranças.
Se por um lado ele nos dá a sensação de possuir, de
sermos donos de nossa vontade e desejos,
o que na realidade acontece é que somos possuídos por
tudo isto, presas de nosso próprio egoísmo, insaciáveis na
ânsia de querer sempre mais e perder jamais.
Quando nos desapegamos, libertamo-nos das amarras
do ter e ficamos livres para ser;
conhecemos a alegria da generosidade,
a felicidade de quem entrega seu próprio coração
ao doar algo que é seu – coisas, sentimentos, emoções.
E somos livres para desfrutar de tudo.
Ser generoso é entregar a vida, não retê-la.
A gratidão nos faz entender que tudo o que
recebemos e temos é dom, generosidade de alguém.
Quando somos gratos, reconhecemos toda a beleza
que nos rodeia, todo amor que nos é dedicado.
Por isto, os frutos da gratidão são a alegria,
a serenidade e a paz. Se quisermos ser instrumentos de paz,
precisamos aprender que até a tristeza, as dores,
as perdas, os dissabores, as fraquezas e as traições
são dons e não tragédias.
Tudo é dom e concorre para o nosso bem,
desde que aprendamos a nos desapegar das expectativas
e recebamos tudo com gratuidade.
Um coração agradecido, puro, manso, livre, abre as portas
para mais bênçãos, mais generosidade, mais amor,
mais felicidade.
“Bem aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (Jesus)
Daniel Moura
(32º Encontro da Feliz Idade)