O encontro com a verdadeira liberdade
é resultado de um longo caminho que se inicia
e termina dentro do próprio caminhante.
E, ao final da jornada, ela aparece
como um prêmio, um presente,
um dom que nunca esteve escondido,
nunca esteve longe,
ao contrário, iluminada pelo desprendimento,
esteve sempre ao alcance das mãos
que aprenderam o segredo da partilha,
da doação, da solidariedade, da entrega...
Mas, para que haja esse desapego,
é necessária uma mudança de atitude:
andar mais leve, soltar as amarras, desprender os grilhões de tantos pesos físicos e emocionais
arrastados ao longo da vida.
Para conhecer a verdadeira sensação
de uma leveza que contagia, reverbera,
expande-se, cresce e se espalha,
é preciso ter pleno conhecimento de si,
encontrar-se consigo mesmo,
viajar em direção ao seu “eu profundo”
onde moram seus sonhos,
sua identidade, seus anseios
mais puros e genuínos.
A gente só é livre para voar em direção ao outro.
Não existe liberdade sem vôo,
pois a liberdade é o caminho do amor.
Só os livres amam,
só os livres são libertadores.
Libertos pelo Amor maior,
emprestam suas mãos, seu ser,
seu tempo, seus olhos
para serem instrumentos de vôo,
asas de luz,
trilhas de felicidade...
para os outros.
Daniel Moura
(27º Encontro da Feliz Idade)